Na década de 1970, a HP tinha um promissor engenheiro eletrônico, chamado Steve Wozniak. Ele trabalhava no desenvolvimento de pequenos aparelhos, como calculadoras.
Conhecido em Berkeley por pregar peças, Steve construiu as “caixas azuis” que enganavam o sistema de cobrança da AT&T para chamadas de longa distância. Ele descobriu a frequência com um apito que vinha nas caixas de cereais Cap’n Crunch.
Mas agora, Woz se empenhava em uma visão maior – e não ilegal: queria construir um computador pessoal, de pequeno porte, que ele pudesse pagar. Numa época em que apenas universidades, militares e grandes empresas tinham máquinas grandes, ter um computador em casa era uma grande mudança.
Por trabalhar na HP, Wozniak teria que apresentar seu projeto a eles, não só por cláusulas contratuais, mas por acreditar que a criação seria de fato o futuro da computação. Ele chegou a oferecer a criação para a empresa de Palo Alto por cinco vezes. “Por que pessoas comuns precisariam de computadores?”. Essa era a visão da HP, que recusou o projeto.
Assim, nascia a Apple Computer, supostamente em uma garagem em Los Altos, Califórnia.
Já nos anos de 1989, a criação da World Wide Web por Tim Berners-Lee transformou uma antiga rede global de computadores, reservada a fins militares e acadêmicos, na forma como conhecemos a Internet. Hoje, ela é acessível por 65% da população de um planeta que já não funciona sem ela. Iniciava a era da Internet.
Em ambos os casos, é possível notar duas semelhanças: a primeira é que ambos os movimentos não tiveram volta. O mundo simplesmente não funciona mais sem as duas criações. A segunda, e mais importante, é que nestes e em outros movimentos, ocorreu um processo de democratização de uma tecnologia que antes era cara e restrita a um pequeno grupo.
Agora o mundo vive mais uma era de democratização. Desta vez de algo iniciado em 1943, quando Warren McCulloch e Walter Pitts criaram o primeiro modelo computacional para redes neurais.
Estamos falando da Inteligência Artificial.
A obsessão em imitar os humanos
Essa fantasia de imitar o comportamento humano sempre esteve presente em Hollywood, moldando o imaginário coletivo sobre o potencial da inteligência artificial. Desde os primeiros robôs nas telas de cinema até androids indistinguíveis de seres humanos, a ideia de criar máquinas inteligentes, capazes de resolver problemas assim como nós é tão fascinante quanto preocupante.
No entanto, a verdadeira revolução da inteligência artificial não está na mera imitação superficial de comportamentos humanos, mas sim na capacidade de processar dados complexos, aprender padrões e realizar tarefas de forma autônoma. A democratização desse poderoso conjunto de tecnologias tem sido um catalisador para mudanças significativas em diversos setores da sociedade.
A Democratização da Inteligência Artificial
Especialmente a AWS adotou uma abordagem mais transparente e direta, enfatizando a simplificação e a oferta de inteligência artificial como serviço. Durante o re:Invent de 2023, o evento anual da AWS, o foco central foi a inteligência artificial generativa, marcada por anúncios significativos de inovações que abrangiam desde avanços em hardware, como os revolucionários processadores Graviton4 e Trainium2, projetados para aprimorar a velocidade, reduzir os custos e otimizar a eficiência energética das atividades de IA.
Além disso, a AWS destacou a disponibilidade de Large Language Models (LLMs) e Foundation Models (FMs) de várias empresas proeminentes, como AI21, Anthropic, Cohere, Meta e StabilityAI, todos acessíveis por meio de chamadas API descomplicadas utilizando o Amazon Bedrock, eliminando a necessidade de provisionamento de infraestrutura.
Um outro anúncio promissor foi o Amazon Q, que provocou uma corrida para garantir um lugar nas salas de eventos, rapidamente preenchidas. O poderoso assistente oferece insights valiosos sobre negócio, além de orientações cada vez mais especializadas para a construção, arquitetura e desenvolvimento de soluções utilizando os serviços da AWS. O Amazon Q é o resultado da síntese de 17 anos de profundo conhecimento em negócios e tecnologia adquirido pela Amazon, proporcionando uma ferramenta poderosa para impulsionar o sucesso e a eficiência em diversas áreas empresariais.
Desafios Éticos